Andei observando alguns "eleitores", nesta eleição. São crianças, de seus 13 anos de idade para baixo. Creio que seja difícil, talvez quase impossível, um pré-adolescente entender sobre política. Apesar de conviver com ela todos os dias, assuntos provenientes da política, como saúde, educação, economia e corrupção são bastante complexos para um aluno do ensino fundamental. Imagine para uma criança!
E olhe que não são apenas estes os eleitores piolhos(aqueles que andam pelas cabeças dos outros - em seus casos particulares, os pais são os maiores influenciadores). Tem muito cidadão por aí, de classe média, bom nível de escolaridade, mas com pensamentos totalmente equivocados diante da ética e moral administrativa.
Hoje, vi um garoto, aguardando o pai em um certo local, com uma bandeira de um candidato à prefeitura de minha cidade. Ele balançava-a, como se torcesse pelo gestor público. Perguntei:
- Tu "vota" nele, é?
- Uhum. - respondeu.
- Por quê? - retruquei.
- Porque "amo ele" - respondeu, retomando o ato de balançar a bandeira, ovacionando o político.
Era o símbolo do "piolhismo" no cenário político brasileiro. A prova concreta de que isto é fato consumado, e não uma invenção de um escritor qualquer(no caso, eu).
O pior mesmo é que, no Brasil, já erra-se em ter esta cultura de enaltecer os políticos. Por mais que nos pisem, terão sempre o nosso apoio; terão sempre alguém para brigar por eles. É imbelicidade(desculpe o termo) pura. Entretanto, o cúmulo desta imbecilidade encontra-se em uma nova cultura: a de passar toda esta balela para os filhos. Coitadinhos, inocentes, não sabem o que fazem. Mas, um dia, elas crescem, alimentam-se demasiadamente de asneira - quando o assunto é política, e passam o mesmo para os seus procedentes.
E assim a cultura mais medíocre que se vê no Brasil vai sendo passada de geração a geração. Enquanto isso, nas prefeituras, gargalhadas e mais gargalhadas.